Viva el Canga!
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Diz-se no Nordeste do Brasil, do criminoso errante, isolado ou em grupo, vivendo de assaltos e saques, perseguido, perseguindo, até a prisà£o ou morte numa luta com tropa da polàcia ou com outro bando de cangaceiros.
Os tipos de cangaceiros sà£o os mais variados, e màºltiplas as razàµes que os levaram ao crime. Hà¡, desde uma tendàªncia criminosa, a sugestà£o irradiante dos grandes cangaceiros, determinando a fugida de rapazes para juntar-se ao grupo, até o primeiro homicàdio por motivo de honra privada, sempre julgando como punià§à£o justa. O fora-da-lei passa a viver debaixo do cangaà§o, oculto pelos protetores polàticos ou pessoas a quem paga para que o informem dos movimentos da polàcia, - os coiteiros - e chefiando a malta nos momentos de luta.
Hà¡ figuras de relativa nobreza, corajosos, incapazes de uma violàªncia contra moà§as, crianà§as ou velhos, como Jesuàno Brilhante, e hà¡ os brutais como Lampià£o (ver quadro abaixo).
Jesuàno Brilhante
Jesuàno Alves de Melo Calado, depois chamado Jesuàno Brilhante, foi o cangaceiro gentil-homem, o bandoleiro romà¢ntico, espécie matuta de Robin Hood, adorado pela populaà§à£o pobre, defensor dos fracos, dos anciàµes oprimidos, das moà§as ultrajadas, das crianà§as agredidas.
Nasceu em Tuiuiàº, Patu, Rio Grande do Norte, em 1844 e morreu lutando em Santo Antà´nio, àguas do Riacho dos Porcos, Brejo da Cruz, Paraàba, em fins de 1879. Sepultaram-no no mato, no lugar "Palha". Seu crà¢nio, exumado pelo seu amigo Dr. Francisco Pinheiro de Almeida Castro, esteve longamente na Escola Normal de Mossorà³ e foi presenteado no Rio de Janeiro ao Prof. Dr. Juliano Moreira.
Uma rixa de sua famàlia com a famàlia dos Limàµes, em Patu, valentàµes protegidos pelos polàticos, tornou-o de pacato agricultor em chefe de bando invencàvel em 1871. Ficaram famosos os assaltos à cadeia de Pombal (PE) para libertar seu irmà£o Lucas (1874) e, no ano de 1876, à cidade do Martins (RN). Cercados pela polàcia local, Jesuàno e seus dez companheiros abriram passagem através das casas, rompendo as paredes, cantando a cantiga "Curujinha" e desapareceram. Ia sempre, disfarà§ado, à s cidades maiores, hospedando-se em residàªncias amigas, adquirindo munià§à£o e vàveres. Durante a "Seca dos dois sete" (1877) arrebatava os vàveres dos comboios oficiais para distribuà-los com os famintos. Nunca exigiu dinheiro ou matou para roubar. Sua popularidade prestigiosa perdura na memà³ria do sertà£o do Oeste norte-rio-grandense e fronteira paraibana com admiraà§à£o e louvor inalterà¡veis.
Rodolfo Teà³filo estudou-o no seu romance Os Brilhantes e Gustavo Barroso, num ensaio no Herà³is e Bandidos; Rodrigues de Carvalho publicou o "A.B.C. de Jesuàno Brilhante" no Cancioneiro do Norte.
Luàs da Cà¢mara Cascudo, Flor de Romances Trà¡gicos, com algumas pesquisas em cartà³rios e reminiscàªncias familiares, 111-128, Rio de Janeiro, 1966).
Lampià£o
Virgolino Ferreira da Silva, nasceu em Vila Bela, atual Serra Talhada, 1898 ou 1900 e morreu numa gruta da fazenda Angicos, Porto da Folha, Sergipe, em 1938.
Comeà§ou, por volta de 1917, a vida de cangaà§o de Virgolino, que conquistou o apelido de Lampià£o quando, num de seus encontros com a polàcia, se gabava de que, no decorrer de uma luta, sua espingarda nà£o deixava de ter clarà£o, "tal qual um lampià£o".
As lutas de famàlias propiciaram o banditismo, em que coiteiros, por hostilidade aos inimigos de Lampià£o, ou temor de represà¡lias que nà£o tinham limites, cooperavam para o insucesso da perseguià§à£o policial.
Com Lampià£o vigorou a lei do extermànio, indo do estupro ao incàªndio, do saque ao assassinato frio. Na época da Coluna Prestes, Lampià£o foi convidado a colaborar com o governo por intermédio do padre Càcero, que lhe ofereceu a patente de capità£o. Aproveitou-se do momento para armar melhor todo o seu bando. Fazia dos sertàµes de Sergipe e da Bahia seu quartel-general, de onde irradiava sua influàªncia para os outros Estados do Nordeste, como Alagoas, Pernambuco, Paraàba, Rio Grande do Norte e Cearà¡. Chegou a investir contra a cidade de Mossorà³, que sà³ se salvou pela aà§à£o de seus moradores. Cercou e dominou và¡rias cidades e povoados da regià£o, saqueando o comércio, devastando fazendas, sacrificando vidas.
Em 1929, Lampià£o conheceu Maria Bonita, que abandonou o marido para acompanhà¡-lo.
Morreu na fazenda de Angicos, em Sergipe, onde foi surpreendido pela volante de Joà£o Bezerra, da polàcia de Alagoas, juntamente com Maria Bonita e alguns de seus companheiros. Os cadà¡veres foram mutilados. As cabeà§as de Lampià£o, Maria Bonita, Luàs Pedro e outros ficaram, quase 30 anos, expostos ao pàºblico, em Salvador, no Museu Nina Rodrigues.
As faà§anhas de Lampià£o geraram todo um ciclo na literatura de cordel do Nordeste.
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Dicionà¡rio do Folclore Brasileiro - Cà¢mara Cascudo, Rio de Janeiro: Ediouro Publicaà§àµes S.A. sem data
Grande Enciclopédia Larousse Cultural - Sà£o Paulo: Editora Nova Cultural Ltda, 1988.
Ilustraà§àµes de José Lanzellotti escaneadas do livro: Brasil, Histà³rias, Costumes e Lendas.
Meno cose si sanno più è facile avere un'opinione.
Alla richiesta della prof. di italiano "dimmi una frase con un congiuntivo" l'alunno M.M. risponde "che tu sia maledetta"